18. Operadores Auto-Adjuntos e Hermitianos
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18.1. Bibliografia
Callioli 6.4 ― 6.6
Boldrini 9.1 — 9.2
18.2. Operadores auto-adjuntos
Considere um espaço vetorial \(V\) sobre os \(\mathbb{R}\) dotado de produto interno. Seja \(B\) uma base ortonormal desse espaço.
18.2.1. Definição
O operador linear \(T \in L(V)\) é um operador auto-adjunto se sua matriz \(\left[T\right]_B\), em relação à base ortogonal \(B\), é uma matriz simétrica.
Dica
Uma matriz \(A\) é simétrica se for igual à sua transposta \(A^T\).
Nota
Caso \(V\) seja um espaço vetorial complexo dotado de produto interno, o operador \(T\) será auto-adjunto se sua matriz for hermitiana. Uma matriz \(A\) é hermitiana se for igual a \(A^\dagger = \left(\bar{A}\right)^T\), ou seja, sua conjugada transposta.
18.2.2. Propriedades
Se \(T\) é um operador auto-adjunto, então vale \(\left\langle T(\vec{v}), \vec{w}\right\rangle = \left\langle \vec{v}, T(\vec{w})\right\rangle\) para quaisquer vetores \(\vec{v}\) e \(\vec{w}\) de \(V\).
Se \(T\) é um operador auto-adjunto, então sua matriz será simétrica (ou hermitiana no caso complexo) em qualquer base ortonormal.
18.3. Operadores ortogonais
Considere um espaço vetorial \(V\) sobre os \(\mathbb{R}\) dotado de produto interno. Seja \(B\) uma base ortonormal desse espaço.
18.3.1. Matrizes ortogonais
Se a inversa de uma matriz real \(A\) for igual à sua transposta \(A^T\), é chamada de matriz ortogonal:
Nota
Para testar se uma matriz real é ortogonal, é menos trabalhoso multiplicar pela transposta e verificar se o produto é a identidade do que tentar inverter a matriz e comparar com a transposta. São menos operações no primeiro caso.
Se a inversa de uma matriz complexa \(A\) for igual à sua hermitiana conjugada \(A^\dagger\), é chamada de matriz unitária:
18.3.2. Definição
O operador linear \(T \in L(V)\) é um operador ortogonal se sua matriz \(\left[T\right]_B\), em relação à base ortogonal \(B\), é uma matriz ortogonal. No caso complexo, a matriz deve ser unitária.
18.3.3. Propriedades
Se \(A\) é uma matriz ortogonal, suas colunas formam um conjunto ortonormal de vetores. O mesmo vale para as linhas
Toda matriz ortogonal/unitária é inversível.
Se \(A\) é ortogonal/unitária, \(\det(A) = \pm 1\)
A matriz mudança de base \(\left[\mathbb{I}\right]^B_C\), entre duas bases ortonormais \(B\) e \(C\) de \(V\), será ortogonal.
Nota
Nesse caso, conhecida \(\left[\mathbb{I}\right]^B_C\), a mudança inversa, \(\left[\mathbb{I}\right]^C_B = \left(\left[\mathbb{I}\right]^B_C\right)^{-1}\), é trivial de se calcular: basta transpor a matriz original!
Todo operador ortogonal/unitário leva uma base ortonormal de \(V\) a outra base ortonormal.
Todo operador \(T\) ortogonal é uma isometria e não altera a norma dos vetores:
\[\left\Vert T(\vec{v})\right\Vert = \left\Vert \vec{v} \right\Vert\]Todo operador ortogonal é um isomorfismo, ou seja, uma transformação bijetora.